A
Cruz Carregada É a Evidência dos Que Vivem
Reportamo-nos
ao nosso texto anterior a este, intitulado: “Como Posso Saber se Sou Filho de
Deus”, para estender o tema da eleição, porque nele apresentamos argumentos
práticos e evidências visíveis, além da evidência clássica da testificação do
Espírito Santo com o nosso espírito de que somos filhos de Deus, e agora
gostaríamos de reforçar o que lá fora declarado, com outras passagens bíblicas
relativas ao assunto.
Por
exemplo, está claro que o significado do mandamento de nosso Senhor de que cada
crente deve tomar a sua respectiva cruz e segui-lo, está associado à nossa
identificação com a Sua morte e sofrimentos.
Preste
atenção no que diz o apóstolo Paulo em Fp 3.8-11:
Flp 3:8
Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do
conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as
coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo
Flp 3:9
e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é
mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé;
Flp
3:10 para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus
sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte;
Flp
3:11 para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os mortos.
Ponha
em registro, especialmente estes dois últimos versículos, nos quais ele diz que
o conhecimento de nosso Senhor e o poder de sua ressurreição, são alcançados
pela nossa comunhão (participação) dos seus sofrimentos, nos conformando (se
identificando) com ele na sua morte, ou seja, é por esta via de sofrimento, com
paciência, por amor ao evangelho, nas perseguições que o mundo espiritual
levanta contra o crente fiel, que ele pode ter a plena certeza da sua
ressurreição vindoura, uma vez que estas perseguições espirituais comprovam
para ele, que é de fato um eleito de Deus, porque, se não estivesse sustentando
o testemunho da verdade evangélica, e os efeitos do evangelho, em sua própria
vida, não estaria de modo algum sendo perseguido pelo mundo, porque o mundo ama
aqueles que são seus.
Ouça o
que Paulo declara em II Cor 1.5-7:
2Co 1:5
Porque, assim como os sofrimentos de Cristo se manifestam em grande medida a
nosso favor, assim também a nossa consolação transborda por meio de Cristo.
2Co 1:6
Mas, se somos atribulados, é para o vosso conforto e salvação; se somos
confortados, é também para o vosso conforto, o qual se torna eficaz, suportando
vós com paciência os mesmos sofrimentos que nós também padecemos.
2Co 1:7
A nossa esperança a respeito de vós está firme, sabendo que, como sois
participantes dos sofrimentos, assim o sereis da consolação.
E em II
Tim 1.8-12:
2Tm 1:8
Não te envergonhes, portanto, do testemunho de nosso Senhor, nem do seu
encarcerado, que sou eu; pelo contrário, participa comigo dos sofrimentos, a
favor do evangelho, segundo o poder de Deus,
2Tm 1:9
que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas
conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus,
antes dos tempos eternos,
2Tm
1:10 e manifestada, agora, pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o
qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade,
mediante o evangelho,
2Tm
1:11 para o qual eu fui designado pregador, apóstolo e mestre
2Tm
1:12 e, por isso, estou sofrendo estas coisas; todavia, não me envergonho,
porque sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar
o meu depósito até aquele Dia.
Você
percebe como em ambos os textos, ele associa a causa dos nossos sofrimentos por
causa do evangelho neste mundo, como sendo uma prova da nossa eleição por Deus,
e também uma consequência da mesma?
Por
isso o apóstolo Pedro consolou a igreja que se encontrava debaixo da
perseguição do império romano, com as palavras de sua primeira epístola, para
que os crentes que sofriam entendessem que o sofrimento é a mesma porção
distribuída por Deus a todos os crentes, por conta da vocação deles (chamada,
eleição) para serem em tudo identificados com Jesus Cristo, quer na sua morte,
sofrimentos, alegria, ressurreição e glorificação, pois importa que em tudo
sejamos semelhantes a Ele, e participantes de tudo o que Lhe foi reservado pelo
Pai, de forma que se afirma que somos co-herdeiros de Deus, juntamente com
nosso Senhor Jesus Cristo.
Veja
agora o que nos diz o apóstolo Pedro em I Pe 5:9:
“resisti-lhe firmes na fé, certos de
que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade
espalhada pelo mundo.”
É digno
de destaque, na consideração do significado das palavras deste breve versículo
de I Pe 5.9, que se faz menção ao diabo, o qual deve ser resistido firmemente
pelos crentes, mediante a fé.
Ora,
que resistência é esta, no contexto do que se aprende em toda essa epístola,
senão, e principalmente, às insinuações do Inimigo de que Deus não nos ama, em
razão dos padecimentos que permite que mesmo seus filhos amados tenham neste
mundo?
Devemos
em todas as circunstâncias ficar firmes na fé, e seguros quanto à certeza do
grande amor que Deus tem por todos aqueles que deu a Seu Filho Jesus Cristo,
para serem guardados por Ele, e identificados com os Seus sofrimentos.
Porque
a perseguição, a tribulação, e a aflição são exatamente elas, a prova do grande
amor de Deus por Seus filhos, porque isto somente experimenta aqueles que Ele
elegeu em amor mesmo antes da fundação do mundo.
De modo
que nada lhes enviará, que não possam suportar, porque lhes ama, e proverá o
escape das tentações a que são submetidos. (I Cor 10.13)
Nenhum comentário:
Postar um comentário